segunda-feira, 17 de março de 2008

domingo, 27 de janeiro de 2008

Estudo com Acidentes de Moto

O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) apresenta em seu site um estudo europeu que investigou 921 acidentes com motos. a página também traz dicas de segurança e boa convivência entre motos e carros no trânsito.

Fiquem com as conclusões do trabalho:

As motocicletas e motonetas têm conquistado, nos últimos anos, uma posição de destaque como alternativa de transporte individual e de ferramenta de trabalho. É o caso dos motofretistas (os motoboys), profissionais que se tornaram tão necessários e requisitados que, hoje, já é difícil encontrar empresas que não os utilizem muitas vezes na semana ou até diariamente. Essa opção fez com que a frota desse tipo de veículo aumentasse de 350 mil para 495 mil entre os anos de 2000 e 2004, representando atualmente cerca de 10% dos veículos registrados na cidade de São Paulo.

Mas esse aumento trouxe também aspectos negativos: um aumento de acidentes e vítimas envolvendo esse tipo de veículo, num ritmo até maior do que o aumento da frota. Em 2005, 20% dos mortos em acidentes de trânsito em São Paulo eram motociclistas ou passageiros de motocicletas, transformando a moto no veículo que mais produz vítimas na cidade. Pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre custos de acidentes revelou que 71% dos acidentes com motos envolvem feridos que necessitam de cuidados hospitalares; no caso de outros automóveis, esta proporção cai para 7%.

A origem dos acidentes
Essa situação não é exclusiva de São Paulo, pois vem ocorrendo em muitas cidades brasileiras e do mundo. Na Alemanha, por exemplo, o número de fatalidades de motociclistas não foi reduzido em toda a última década, embora tenha sido reduzida a fatalidade de passageiros de carros. Esse cenário apresenta um grande desafio à sociedade: como reduzir esse quadro de acidentes e vítimas?

Para ir nessa direção, é importante entender como ocorrem esses acidentes.

O trabalho de acompanhamento de acidentes graves e fatais que a CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - vem realizando em São Paulo detectou que há alta incidência de casos em que o motivo do acidente é o fato da motocicleta transitar em alta velocidade entre filas de veículos, parados ou em movimento, e ser interceptada por um automóvel que tenta mudar de faixa ou altera seu posicionamento na mesma faixa.

Estudo europeu
Apesar da realidade brasileira não ser semelhante à européia, é interessante conhecer também os resultados de um estudo detalhado sobre 921 acidentes envolvendo motos e ciclomotores, realizado em cinco países europeus - França, Alemanha, Holanda, Espanha e Itália.

São dados do estudo “MAIDS – In-depth investigations of accidents involving powered two wheellers”. A seguir, são apresentados sempre os principais itens de cada tópico. Os números fornecidos é a quantidade encontrada do tipo em cada 100 acidentes analisados.

Locais dos acidentes
54,3 - cruzamentos
38,9 - não cruzamentos

Outra parte envolvida no acidente
60,0 – automóveis
17,0 – via e objetos fixos
8,4 – caminhões, ônibus e utilitários
6,9 – outros veículos de 2 rodas

Principal fator contribuinte para o acidente
50,4 – motorista
37,1 – motociclista
7,7 – ambiente
0,7 – veículo

Tipos de falhas comuns
36,6 – motorista não percebeu a moto
13,0 – falha de decisão do motociclista, antes do acidente (como não diminuir ao se aproximar de um cruzamento)
11,9 - motociclista não percebeu o outro veículo
9,9 - falha de decisão do motorista

Localização das lesões mais comuns em motociclistas
31,8 – membros inferiores (pés e pernas)
23,9 – membros superiores (mãos e braços)
18,7 – cabeça

Efetividade do capacete na proteção da cabeça do motociclista
(usado por 90% dos investigados, sendo que quase 68% usavam o fechado)
35,5 – preveniu lesão
33,2 – reduziu a lesão possível de ocorrer
16,5 – área não atingida

Efetividade da vestimenta na proteção do dorso do motociclista
45,4 – reduziu a lesão possível de ocorrer
19,2 - preveniu lesão
14,7 - área não atingida

Efetividade da calça na proteção das pernas do motociclista
50,2 – reduziu a lesão possível de ocorrer
12,0 - área não atingida
11,1 - preveniu lesão

Efetividade dos calçados na proteção dos pés do motociclista
37,6 – área não atingida
27,7 - reduziu a lesão possível de ocorrer
21,0 - preveniu lesão

Efetividade das luvas na proteção das mãos do motociclista
35,9 – área não atingida
23,6 - reduziu a lesão possível de ocorrer
19,9 - preveniu lesão

Conclusões

Algumas conclusões importantes desse estudo foram:

A maior parte dos acidentes ocorreu em cruzamentos.

As colisões ou choques desses veículos de duas rodas foram principalmente com automóveis, com via e com objetos fixos.

O fator predominante para ocorrência dos acidentes foi o ser humano, tanto os motoristas como os motociclistas: foram 88 de cada 100 casos. O ambiente apareceu em 8 situações, os veículos em menos de 1, e os restantes foram associados a outros fatores.

As principais falhas humanas observadas envolvem não perceber a existência do outro elemento antes do acidente (falha freqüentemente associada aos motoristas) e tomar uma decisão errada, como não reduzir a velocidade e avançar em um cruzamento.

As principais lesões dos motociclistas estão nos membros inferiores, superiores e na cabeça.

As vestimentas, calçados e capacetes foram efetivos para prevenir ou reduzir as lesões. Um dado preocupante foi a ejeção do capacete durante o acidente, principalmente por má fixação. Outro dado foi que choques com barreiras laterais nas vias, apesar de pouco freqüentes, provocam lesões sérias nos membros inferiores, na espinha ou na cabeça.

O passageiro do motociclista, apesar de contribuir pouco com a ocorrência dos acidentes, quando contribuiu foi por movimento repentino que provocou o desequilíbrio.

Atuação da CET
A CET está atuando em São Paulo com iniciativas de caráter educativo, como a campanha com faixas nas Marginais dos rios Tietê e Pinheiros, alertando os motociclistas sobre o risco maior de acidentes ao transitarem pelas pistas expressas, iniciada em dezembro de 2005. A comparação do volume de motocicletas em circulação nas pistas expressas e locais das Marginais entre abril de 2005 e março de 2006 indicou que houve redução de 6% nas pistas expressas no pico da tarde. Em junho deste ano, deverá ser lançada nova campanha, desta vez no corredor Francisco Morato / Rebouças / Consolação, orientando os motociclistas a transitarem pela faixa central das pistas e a não circularem entre faixas de trânsito.

Se você é motociclista...
Para os motociclistas em particular, destacamos:

Atenção à via e suas condições, principalmente àquilo que pode desequilibrar o motociclista, como pista molhada, faixas escorregadias, etc., reduzindo a velocidade e adotando maior cuidado nesses casos.

A importância de se frear adequadamente, tendo cuidado para não bloquear as rodas. Os fabricantes recomendam utilizar simultaneamente o freio dianteiro e o traseiro, lembrando que é o dianteiro que proporciona maior eficiência na frenagem.

Ser visto é fundamental para o motociclista; por isso, circular sempre com o farol aceso, vestimentas e capacetes de fácil visualização. Coletes e acessórios refletivos também são muito importantes.

Evitar a circulação entre filas de veículos.

Cuidado com a proteção individual, que, em um acidente, dependerá em grande medida do uso de vestimentas, luvas, calçados e capacetes adequados – estes últimos fixados adequadamente e, de preferência, do tipo fechado e com viseira. Lembrando que os fabricantes dos capacetes, certificados pelo INMETRO, indicam também um prazo de troca recomendável quando o uso é contínuo e o capacete não sofreu impacto - geralmente a cada três anos.

Orientar caronas sem experiência sobre como colocar o capacete adequadamente, posicionar-se no banco e apoiar os pés sobre os pedais, além de como se comportar durante o trajeto, segurando pela cintura e acompanhando as inclinações do motociclista.

Em relação à motocicleta, cuidado extra com os pneus, verificando sempre a banda de rodagem e a pressão adequada, a manutenção de todo o sistema de freios e de iluminação e sinalização; ou seja, farol, lanternas, luzes das setas e de freio.

Recomendações gerais
Em relação aos condutores em geral, motorista ou motociclistas, alguns cuidados sempre recomendáveis:

Não desviar a atenção do trânsito, reduzindo a velocidade e tomando maior cuidado quando as condições exigirem, como trânsito intenso, concentração de pedestres, etc.

Circular com maior cuidado nos locais com visibilidade prejudicada, como cruzamentos, em curvas, próximos a veículos de grande porte, etc.

Reconhecer e ser cuidadoso em relação aos pontos cegos do veículo, para frente e para trás, lembrando que o ajuste adequado dos espelhos diminui os pontos cegos traseiros.

Sinalizar sempre as manobras, inclusive mudanças de faixas.

Se beber, não dirija; se beber, não pilote.

Outros cuidados: respeito à sinalização e uma atenção extra nos cruzamentos, reduzindo a velocidade na aproximação e parando sempre que indicado ou necessário.

Penalidades
Por fim, lembramos que não cultivar hábitos seguros, além de contribuir para ocorrências de acidentes, muitos com seqüelas, pode trazer penalidades. Algumas infrações relacionadas à condução de motos, consideradas gravíssimas no Código de Trânsito Brasileiro, sujeitando o infrator à multa de R$ 191,54, sete pontos, suspensão do direito de dirigir e recolhimento do documento de habilitação são:

Conduzir sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção, de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN.

Fazer malabarismo ou equilibrar-se apenas sobre uma roda.

Trafegar com os faróis apagados.

Transportar criança menor de sete anos ou que não tenha condições de cuidar de sua própria segurança.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Será verdade?

A Cota da Ministra

Em 2007, a ministra Matilde Ribeiro gastou 171.500,00 reais no cartão de crédito pago pelo governo. Fez até compras no free shop!!!!

126.000 reais aluguel de carros
35.700 reais hotéis e resorts
4.500 reais bares, restaurantes e até padaria
460 reais free shop
4.800 reais despesas diversas
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171.500 reais no total

A assistente social Matilde Ribeiro é uma das ministras mais longevas do governo Lula. Ela comanda a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial desde março de 2003. Apesar de estar há tanto tempo no cargo, o que ela faz em Brasília ainda é um mistério. Recentemente, abriu-se uma chance de preencher essa lacuna. É possível traçar um retrato detalhado das ações e dos hábitos da ministra com base na fatura do seu cartão de crédito corporativo. O uso desse tipo de benefício é concedido aos funcionários que ocupam os cargos mais altos da Esplanada e do Palácio do Planalto. Serve para que eles paguem algumas despesas decorrentes do exercício da função. No fim do mês, a conta é enviada ao Tesouro. Estaria tudo certo se o cartão fosse usado com critério, mas tem sempre aqueles que exageram. Matilde está entre eles. Fechadas as contas de 2007, descobriu-se que ela torrou 171.500 reais no cartão pago pelos contribuintes. Foi de longe a ministra mais perdulária da Esplanada. Em média, foram 14.300 reais por mês, mais do que seu salário, que é de 10.700 reais. Isso, sim, é que é emenda no orçamento.

Matilde jura que só usou o cartão corporativo para pagar despesas de viagens oficiais. De fato, ela viaja tanto que poderia assumir o Ministério do Turismo. No ano passado, pagou 67 contas em hotéis – média de 5,5 contas por mês. É rara a semana em que ela não se hospeda em algum estabelecimento. Seu favorito é o confortável Pestana, um cinco-estrelas que enfeita a Praia de Copacabana. Ela esteve por lá 22 vezes no ano passado, ao custo total de 10.000 reais. A ministra também gosta de usar o cartão para pagar contas em bares, choperias, quiosques, restaurantes, rotisseries e até padarias. No Rio de Janeiro, ela adora o restaurante Nova Capela, conhecido reduto da boemia carioca, e o bar Amarelinho, que se orgulha de servir o chope mais gelado da cidade. Em São Paulo, Matilde é assídua na padaria Bella Paulista, que fica aberta 24 horas por dia e é freqüentada pelos notívagos paulistanos. Nas refeições, ninguém pode acusá-la de abandonar a bandeira da igualdade racial: ela usou seu cartão dez vezes em restaurantes italianos, nove em árabes e três em japoneses.

A maior parte dos gastos do cartão de crédito corporativo da ministra, no entanto, se refere a aluguel de veículos. Ela tem um carro oficial em Brasília e, quando viaja, não se arrisca a ficar a pé. Assim que desembarca em uma cidade, saca o seu cartão oficial e, zás, aluga um automóvel do seu gosto. Em 2007, ela usou nada menos que 126.000 reais com essa finalidade. Curiosamente, se decidisse alugar um Vectra, o veículo mais caro oferecido pela sua locadora habitual, a Localiza, gastaria 116.000 reais por ano. Que tipo de carro será que a ministra aluga? Matilde utilizou o cartão de crédito do governo até para fazer compras em free shop. Em 29 de outubro, gastou 460 reais em um desses estabelecimentos. Questionada por VEJA, a ministra disse que, na ocasião, usou o cartão pago com dinheiro público "por engano" e que "o valor já foi ressarcido à União". Ela passou pelo free shop na volta de uma de suas muitas viagens ao exterior. Em 2007, Matilde visitou Estados Unidos, Cuba, Quênia, Burkina Faso, Congo e África do Sul. Na semana passada, estava no Senegal. Quem sabe até o fim deste ano ela não descola também um cartão de crédito internacional?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Dica do Dia

Que tal ter uma Biblioteca inteiramente online e com milhares de publicações disponíveis para você baixar, ler, aprender, estudar, pesquisar, etc. etc. etc. ? Seja em formato de vídeo, de som ou de texto ? Gostou ? Então taí pra vocês...

http://www.dominiopublico.gov.br/

Polícia Federal ganha sistema para se antecipar a fraudadores

A Polícia Federal comprou um sistema integrado de inteligência, desenvolvido pela Scotland Yard, que é considerado a mais poderosa arma tecnológica contra fraudes em licitações. Comercializado pela empresa americana Choice Point, o software está sendo introduzido em outros países e o Brasil é o quinto a implantá-lo. A nova ferramenta anticorrupção vai estrear em março e a Polícia Federal já começou este mês a preparar uma equipe de elite para manuseá-la nas suas diretorias operacionais e em todas as 27 superintendências regionais. O custo total da implantação será de cerca de R$ 10 milhões. O sistema introduz um novo e revolucionário modelo de investigação de licitações públicas, evitando o roubo antes que ele aconteça, segundo explicou o delegado Emmanuel Balduíno de Oliveira, chefe da Divisão de Doutrina Policial, encarregado de disseminar a novidade tecnológica. Será possível reconhecer padrões e, quando eles forem quebrados, enviar para o investigador sinais de irregularidades.